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Robusta Amazônico dicas para o cultivo clonal

Olá! A cafeicultura clonal é uma realidade de sucesso em Rondônia, especialmente com o chamado Robusta Amazônico, devido à sua excelente adaptação ao clima quente e úmido e aos solos da região. Rondônia é, inclusive, considerada o “berço dos Robustas Amazônicos” no Brasil.

O cultivo clonal tem a vantagem de usar materiais geneticamente uniformes e produtivos, que foram selecionados ao longo de anos de pesquisa.

☕ Variedades Clanais de Destaque em Rondônia

As cultivares clonais que apresentaram maior adaptação e são amplamente recomendadas e cultivadas na região são, em grande parte, resultado de trabalhos de pesquisa da Embrapa Rondônia e também de seleção feita por produtores, com destaque para a combinação de clones.

Os clones mais conhecidos e cultivados no estado, que se adaptaram muito bem ao solo e clima de Rondônia, incluem:

Clone Adaptação e Características Observações Importantes
Clone 08 Amplamente difundido e preferido, apresenta alto vigor vegetativo e é conhecido por seus frutos de tamanho grande (“caroçudo”). Produtivo e resistente, mas pode apresentar alto índice de abortamento de grãos no estádio “chumbinho”.
Clone 25 Muito cultivado, destaca-se pelo alto rendimento de grãos no beneficiamento (relação frutos maduros/grãos beneficiados) e alto vigor vegetativo (“folhudo”). Exige maior atenção nutricional (maior exigência).
Clone R22 Conhecido pela precocidade de produção e por apresentar maturação intermediária (maio). Pode apresentar desuniformidade de maturação em alguns anos devido a múltiplos florescimentos.
Clone 03 Foi um dos mais cultivados até um tempo atrás, mas sua procura tem diminuído devido ao surgimento de clones mais promissores e problemas fitossanitários e fitotécnicos. Ainda presente em muitas lavouras, mas menos recomendado para novos plantios que os mais recentes.
Clone 88 Planta de porte médio e maturação tardia (junho). Não tem sido relatada ocorrência de ferrugem-alaranjada.

🌿 Progênies da Embrapa

A Embrapa Rondônia também indicou historicamente cultivares como:

  • ‘Apoatã IAC 2258’ (Robusta)

  • ‘Guarini’ (IAC 1675) (Robusta)

  • Progênies ‘Robusta 2259’ e ‘Robusta 1647’

  • Progênies de Conilon como ‘Conilon 69-5’ e ‘Conilon 66-3’

💡 Dicas Essenciais para o Cultivo Clonal

O sucesso da lavoura com o Robusta Amazônico clonal em Rondônia está fortemente ligado a alguns fatores agronômicos:

  1. Plantio Combinado (Polinização Cruzada): O café da espécie $Coffea\ canephora$ é alógamo (autoincompatível), ou seja, necessita de pólen de plantas geneticamente diferentes para produzir frutos. Por isso, é crucial plantar múltiplos clones compatíveis na mesma área para garantir uma boa polinização e, consequentemente, alta produtividade. Os clones 08 e R22, por exemplo, formam uma dupla muito recomendada.

  2. Tecnologia e Manejo: O Robusta Amazônico Clonal (ou híbrido de Conilon e Robusta) tem demonstrado um potencial de produtividade muito superior (acima de 50 sacas/hectare em sequeiro e mais de 120 sacas/hectare com irrigação) quando se utiliza um pacote tecnológico adequado, incluindo a escolha correta dos clones, espaçamento, irrigação complementar no período de estiagem e nutrição balanceada.

  3. Resistência: Muitos dos novos materiais clonais desenvolvidos e selecionados na região reúnem vantagens das variedades Conilon e Robusta, incluindo resistência à ferrugem e ao nematoide das galhas.

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